segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Xing Tian

Muito tempo atrás, três Imperadores lutaram pelo domínio de uma nação ainda jovem. O Imperador das Chamas estava vencendo com uma vantagem pequena, então enviou para a luta seu maior general, o guerreiro e poeta Xing Tian. Ele batalhou incansavelmente contra os outros aspirantes a Imperadores, mas a vantagem numérica deles era grande demais. Xing Tian voltou derrotado a seu mestre, mas seu espírito estava intacto. Ele implorou para retornar para a luta e enfrentar seus inimigos novamente, mas o Imperador das Chamas recusou. Seu reinado havia acabado, e ele se rendeu ao Imperador Amarelo.
Mesmo com a perda de seu mestre, Xing Tian não desistiu, e reunindo o Exército das Chamas pela última vez, cercou o Palácio do Céu do Imperador Amarelo. Em meio à batalha, com soldados dos dois lados se enfrentando furiosamente ao seu redor, Xing Tian encontrou o Imperador Amarelo e travou com ele um combate individual. Os dois titãs trocaram golpes no topo de uma montanha e lá, bem no pico coberto de neve, a lâmina do Imperador Amarelo encontrou seu alvo, decapitando Xing Tian.
Dias se passaram, ou anos, ninguém sabe exatamente quanto, mas eventualmente, na base da montanha, Xing Tian se ergueu novamente. Um novo rosto queimava em seu peito. O ardor pela batalha havia sido renovado, e Xing Tian, agora sem cabeça, levantou-se para lutar novamente.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Hanuman.

Hanuman é um deus-macaco do hinduísmo. O Ramayana informa que na verdade Hanuman era uma encarnação do poderoso Deus Shiva, que havia se manifestado na Terra durante o período de Rama, uma das encarnações de Vishnu, para auxiliá-lo em suas tarefas.

Hanuman é o filho do Deus do vento (Vayú), e um avatar (encarnação) de Shiva, cuja tarefa é auxiliar o rei Ramachandra a derrotar o demônio Ravana. Hanuman também é chamado de Anjaneya, em alusão à Vanari Anjana, que é sua mãe.

Na comunidade hindu ele é cultuado como encarnação de Shiva, e reverenciado por sua devoção a Rama. Na astrologia Hindú é dito que a meditação sobre o nome ou a figura de Hanuman afasta os malefícios trazidos por Shani.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Bakasura.

Demônio devorador de almas.

De acordo com o épico hindu Mahabharata, os famosos irmãos Pandava viajam em seu exílio com a mãe, Kunti, quando chegaram à vila de Ekachakra. Disfarçados de Brahmins, eles buscavam esmolas na vila para se sustentar. Eles logo descobriram que o demônio Bakasura estava vivendo nos arredores da vila, devorando as pessoas que passavam pela floresta. O chefe da vila foi até o demônio e implorou para que ele parasse com aquilo. Em troca, um carrinho de comida seria levado a Bakasura todo dia. Bakasura consumiu não apenas as provisões, mas a pessoa que levava o carrinho também.

Depois de ouvir essa história de uma mulher aos prantos, cujo filho levaria o carrinho no dia seguinte, Kunti declarou que seu filho Bhima, que tinha força inimaginável e havia derrotado demônios antes, levaria o carrinho em seu lugar, como recompensa pela bondade que os habitantes da vila mostraram à família.

Uma vez na floresta, Bhima displicentemente comeu o banquete preparado para Bakasura. Furioso, Bakasura ameaçou comer Bhima, que apenas gargalhava, provocando o demônio para que o atacasse. Por todo o dia eles batalharam, até que Bhima finalmente derrotou o demônio, amarrou-o ao carrinho e o empurrou pela vila, onde as pessoas celebraram a vitória, perplexos.

A Fome, entretanto, é um demônio que não pode ser derrotado e, inevitavelmente, o ronco nojento de Bakasura crescerá novamente, mais esfomeado do que nunca, e ele estará pronto para se alimentar.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Vamana.

Vamana é uma personalidade descrita na Quinta Avatara de Vishnu, sendo a primeira encarnação da Segunda Geração, ou Treta yuga. Também é o primeiro Avatara que aparece sob a forma humana. Por vezes é conhecido como Upendra.

Numa guerra Purânica (ancestral) o rei dos deuses, Indra, perdeu o seu império para o rei dos demônios, Bali e foi invocar Vixnu para recuperar o império.

Vixnu se encarnou como um anão, no ventre da mãe de Indra (Aditi) e tendo um brâmane como pai (Kashyapa). Para todos os efeitos era considerado um brâmane anão, um mestiço híbrido de casta e além do mais, deficiente físico (um anão) e portanto um brâmane insignificante.

Bali era um demônio extremamente virtuoso e seguidor de todos os princípios religiosos e jamais poderia deixar de atender a um pedido de um brâmane, por mais insignificante que ele fosse.
Ardilosamente, Vamana conseguiu uma audiência com Bali e foi solicitar-lhe um pedaço de terra para viver. Bali era dono de todo o sistema galáctico e desejou satisfazer esse humilde desejo do pequeno Vamana; afinal, qual a relevância da extensão de terra que caberia em três passinhos de um anão?

Mas Vixnu com o primeiro passo envolveu toda a Galáxia, com o segundo todo o Universo e indagou onde iria colocar o pé para o terceiro passo.
Inteligentemente Bali respondeu: “Sobre a minha cabeça, meu Senhor”

Seguindo os princípios morais de conduta estabelecidos, o conquistador que concordar em colocar a sola de seu pé sobre a cabeça de um conquistado, deverá exercer sucerania sobre o derrotado, podendo dispor de seus bens e até sobre a sua vida, devendo-lhe proteção.

Na verdade Bali, o demônio era o predileto de Vixnu, mas Indra era seu irmão mais velho a quem Vamana deveria obedecer. Vamana recuperou o império para Indra e concedeu as suas bênçãos eternas e um planeta especial e indestrutível para Bali.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Kali.

A senhora da destruição e da morte.

Kali é uma das divindades mais respeitadas do hinduísmo. É considerada uma manifestação da deusa Parvati, a esposa de Shiva. É representada manchada de sangue, com cobras e um colar de crânios.

A lenda conta que, numa luta entre Durga e o demônio Raktabija, este aterrorizou Durga com um diabólico feitiço: cada gota de seu sangue se transformava em um demônio. Durga e Shiva, ao tentar matar os vários demônios que surgiam de cada gota de sangue, cortavam a cabeça (e, daí, nasciam mais e mais demônios). Já em desespero, surge Kali, que cortava as cabeças e lambia o sangue (daí, a representação tradicional sua com o colar de cabeças, a adaga e a língua de fora). Assim, dizimou os demônios de Raktabija.

Mas Kali não é uma deusa ou deus do mal, pois, na verdade, o seu papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Os devotos são, supostamente, recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos. É, também, uma das formas da deusa Parvati, esposa de Shiva. É coberta de cobras no seu corpo em vez de roupas, e tem um colar dos crânios dos seus filhos.

Apesar da aparência de malvada, Kali mostra o lado escuro da mulher ou da Hijra e a verdadeira força feminina. Kali é venerada na Índia como uma mãe pelos seus devotos e devotas, que esperam, dela, uma morte sem dor ou aflição e a libertação do ciclo de reencarnações. Acredita-se que assombre locais de cremação.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Krishna.

Krishna no hinduísmo, foi um avatar ou manifestação de Vishnu, o aspecto original da divindade.
É uma das divindades mais cultuadas em toda a Índia, possivelmente por ser o interlocutor de Arjuna no Bhagavad-Gitā.
Krishna nasceu sem uma união sexual, mas por meio da "transmissão mental" ióguica da mente de Vasudeva no ventre de Devaki. 

Krishna pertencia ao clã Vrishni dos Yadavas, de Mathura, capital dos clãs Vrishni, Andhaka e Bhoja. Foi o oitavo filho da princesa Devaki e seu marido Vasudeva

Nanda, pai adotivo de Krishna, era o líder de uma comunidade de pastores de gado. As histórias da infância e juventude contam a vida e relação com as pessoas da região. Uma dessas histórias conta que Kamsa, descobrindo que ele havia sido libertado da prisão, enviou vários demônios para impedir que isso acontecesse. Todos falharam. São muitas as façanhas de Krishna e as aventuras com as Gopis da vila, incluindo Radha, aventuras estas que se tornaram conhecidas como Rasa lila.

Krishna, então um jovem homem, retorna para Mathura, acaba com o governo de Kamsa, e institui o pai, Vasudeva, que havia sido aprisionado por Kamsa, como rei de Yadavas. Em seguida declarou a si mesmo príncipe da corte.
Casou-se com Rukmini, filha do rei Bishmaka de Vidarbha. Ele também teve 150 mil esposas, incluindo Satyabhama e Jambavati.

Krishna possuía primos em ambos os lados na guerra entre os Pandavas e os Kauravas, porém ele tomou o lado dos Pandavas e concordou em ser o cocheiro da carruagem de Arjuna - o primo e grande amigo - na batalha decisiva. O Bhagavad Gita consiste nos conselhos dados por Krishna a Arjuna, antes do início do combate.

Segundo o Mahabharata, a Batalha de Kurukshetra resultou na morte de todos os cem filhos de Gandhari. Na noite antes da morte de Duryodhana, o Senhor Krishna visitou Gandhari para oferecer suas condolências. Pressentindo que Krishna conscientemente não tinha posto fim à guerra, Gandhari teve um acesso de raiva e tristeza, e amaldiçoou Krishna e toda a dinastia dos Yadu a morrerem no prazo de 36 anos.

Em um festival, uma briga começou entre os Yadavas, que exterminaram uns aos outros. Balarama, o irmão mais velho de Krishna, entregou conscientemente o corpo usando yoga. Krishna se retirou para a floresta e sentou-se debaixo de uma árvore em meditação. Um caçador chamado Jara confundiu o pé parcialmente visível de Krishna com um veado, e atirou uma flecha ferindo-o mortalmente.

O corpo de Krishna é completamente espiritual, e não seria corruptível nem sujeito à morte e à deterioração. Mesmo assim, na execução de seus passatempos terrenos, ele "aparenta" nascer e morrer como uma pessoa comum.
Ao ver que tinha ferido Krishna, o caçador ficou muito perturbado e pediu perdão. Krishna então respondeu-lhe: "Você era Vali em seu nascimento anterior, e eu era Rama, que o matei secretamente. Você queria se vingar, e, assim, neste meu aparecimento, estou cumprindo seu desejo; tudo isso fazia parte do meu plano". Dizendo isso, Krishna partiu para Goloka, sua morada celestial.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Rama

O Arqueiro.

Rama na mitologia hindu, é considerado um dos avatares do deus Vishnu.

A vida e a jornada de Rama são baseadas na aderência perfeita ao dharma. Pela honra do seu pai, Rama abandona a sua pretensão ao trono de Kosala para ficar em exílio por catorze anos na floresta.

É o símbolo do grande homem, o perfeito filho, o perfeito marido, irmão, amigo e governante. Sua saga está descrita na epopeia literário-religiosa do Ramáiana, onde é relatado com detalhes seu casamento com Sita, e sua luta contra o demônio Ravana, o mais terrível demônio do mundo. Recebeu ajuda de Hanuman nesta empreitada.